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Roubo de carros no Rio – estatística que reflete a crise

A estatística de roubo de carros no Rio de Janeiro assusta a qualquer brasileiro e ainda mais a um estrangeiro. A violência está relacionada à crise pela qual passa o Estado.

O índice de roubo de carros no Rio de Janeiro subiram, em agosto, 59,5% em comparação com agosto de 2016, num total de 4.953 casos, o que significa que um veículo foi roubado a cada nove minutos.

Na capital do estado, somente em agosto foram roubados 2.437 veículos e na Baixada Fluminense, 1.532. Mas não somente os veículos de passageiros são roubados em índices alarmantes. Os roubos de cargas aumentaram 29,7% em relação ao ano passado.

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A estatística da violência no Rio já é considerada estatística de guerra. Em junho deste ano, 93 armas de guerra foram apreendidas no Aeroporto do Galeão. Mas, em julho, o número diminuiu para apenas 19 armas, um número menor do que o de abril, com 20 casos e menor do que em julho de 2016, em que 22 armas de guerra foram apreendidas. Essas armas pesadas são utilizadas por bandidos para os roubos de carga e roubo de carros.

O Plano Nacional de Segurança para o Rio de Janeiro, que foi lançado em 28 de julho, e que é apoiado pelas Forças Armadas, prevê o combate à entrada de fuzis no estado, mas o número de apreensões de armas vem diminuindo, o que não significa que a violência está diminuindo. Os roubos de celulares, por exemplo, subiram assustadores 47,1% em julho, em relação ao ano passado, passando de 1681 casos para 2.472. Os roubos de pedestres nas vias públicas subiram 9,6% no mesmo mês, os roubos em ônibus, subiram 36%, com um total de 1.556 casos, segundo dados do Instituto de Segurança Pública. 

Apenas em relação ao número de homicídios os índices foram de queda. Foram 454 em julho em comparação a 465 em julho de 2016.

Roubo de carros no Rio - estatística que reflete a crise

Imagem: Getty

Crise de segurança no Rio de Janeiro aumenta índice de roubo de carros e a segurança no geral

Para que seja possível explicar a pior crise de segurança que afeta o Rio de Janeiro é preciso buscar os motivos em na situação econômica e financeira que atravessa o Estado, que além da recessão nacional enfrenta a falta de recursos para o setor policial, educacional, da saúde, do saneamento e de tantos outros. O desemprego aumentou e é um dos principais fatores ligados ao aumento da violência.

A situação do Rio de Janeiro atinge a segurança pública de toda a cidade e expõe a crise pela qual passa o Estado. Aconteceram tiroteios nas favela, ônibus incendiados, saques, aumento de roubo de carros e mortes em confrontos com a polícia.

Os indicadores de violência estão se igualando ao período anterior à criação das UPPs – Unidades de Polícia Pacificadoras, que aconteceu em 2008. Naquela época, o número de homicídios era maior, mas a se o ritmo atual continuar, esse número logo será igualado ou ultrapassado, segundo o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Os indicadores da violência haviam melhorado depois da instalação das UPPs e antes da Copa do Mundo. Mas agora a situação está ficando ainda pior.

Existem vários fatores que geram a crise de segurança no Rio, vamos resumir alguns deles:

  1. Enfraquecimento das UPPs

De 2011 a 2016, o número de tiroteios que aconteceram em comunidades onde existem UPPs aumentou 13.746%, segundo informações da Polícia Militar. Os confrontos em favelas com UPPs subiu de 13, em 2011, para 1555, em 2016.

A política das UPPs inicialmente foi vista como positiva, porque foi seguida de uma grande redução dos índices de criminalidade. Mas com o tempo e com o programa se expandindo para comunidades mais complexas, a situação se deteriorou. É o caso da Rocinha e do Complexo da Maré.

Esse problema, de acordo com o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Cândido Méndes (CESEC) decorre do fato das UPPs estarem planejadas para atender prioritariamente a capital. O fato é que das 38 UPPs que já foram implantadas, apenas uma fica fora dos limites do município, o Complexo da Mangueirinha, já na Baixada Fluminense.

A consequência é que, ao invés de uma verdadeira política de segurança pública, o que ocorrem são ações violentas, que frequentemente atingem pessoas inocentes e policiais, cujo número de mortes atingiu 60 somente em 2017.

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Segundo analistas da UERJ, o Estado não ampliou, corrigiu, modificou ou complementou a experiência das UPPs, com novas medidas. O que houve foi apenas expansão das unidades, mas está cada vez mais evidente que elas não podem resolver todos os problemas, como de roubo de carros.

    2. Crise financeira nacional e estadual afeta a polícia

O aumento dos índices de violência indica que os policiais estão sob mais pressão. Ao mesmo tempo, os servidores do Estado do Rio enfrentam a ansiedade de não saber se vão receber seus salários. As notícias são também de que o Estado não tem dinheiro para o combustível das viaturas e de que elas estão sucateadas, os coletes à prova de bala e as armas estão sem manutenção.

A grave crise financeira no Estado do Rio tem atingido os servidores públicos estaduais de vários setores, bem como a Polícia Militar. Policiais realizaram protestos durante a Olimpíada 2016, no aeroporto internacional do Rio, com bandeiras onde se lia “welcome to hell” (sejam bem vindos ao inferno). Naquele mês os policiais e bombeiros não estavam recebendo seus salários. Depois disso, eles ainda não receberam seu 13º salário, nem as bonificações do final do ano.

          3. As áreas mais violentas

A lista de áreas mais violentas do Rio, segundo estatística relativa somente a 2016, é a seguinte:

  1. Cidade de Deus
  2. Mangueirinha – Caxias
  3. Chatuba – Mesquita
  4. Complexo do Alemão
  5. Caramujo – Niterói
  6. Mangueira
  7. Favela do Rola
  8. Jardim Catarina – São Gonçalo
  9. Vila Kennedy
  10. Jacarezinho

Cidade de Deus, na Zona Oeste, em primeiro lugar, com 70 vítimas em 2016. Existe uma UPP na área desde 2009.

A Mangueirinha, segunda colocada, com 50 vítimas, fica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e é a única que se localiza fora da capital e possui uma UPP.  — única comunidade fora da capital com uma unidade, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense — ocupa a segunda posição, com 50 vítimas.

As demais que possuem UPPs instaladas e fazem parte das áreas mais violentas são o Complexo do Alemão, Mangueira e Jacarezinho (Zona Norte) e Vila Kennedy (Zona Oeste).

Essa lista faz parte de um mapeamento foi feito entre 2015 e 2016, por equipes do Instituto de Segurança Pública (ISP), a partir de dados fornecidos pela Polícia Militar, Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e Disque-Denúncia.

O mapeamento concluiu que o Rio tem 843 áreas dominadas por grupos armados. Elas são denominadas “territórios controlados ilegalmente”, e são constituídas não apenas por favelas, mas também alguns conjuntos habitacionais, outros imóveis e vias urbanizadas.

Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio, nesses territórios, não somente nessa lista de dez localidades mais perigosas, mas em muitas outras incluídas no mapeamento, os grupos criminosos circulam ostensivamente exibindo armas e praticando crimes, como o tráfico de drogas e o roubo de carros. O número de assassinatos dessas regiões passou de 1.023 para 1.628.

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