Chegou a hora de trocar seu carro por um mais novo ou que atende melhor suas necessidades? Fique atento para o que pode atrapalhar uma boa oferta.
Infelizmente, no mercado de automóveis brasileiro, um carro com um ano de uso pode sofrer uma depreciação de 7% a até 23% do seu valor. Mesmo que você seja um proprietário cuidadoso, há fatores comerciais que definem essa desvalorização.
De maneira geral, além das leis do mercado, pequenas batidas e riscos são responsáveis pela depreciação. Para evitar uma desvalorização ainda maior, é importante que o carro tenha a parte mecânica e estrutural conservada, com as revisões feitas e anotadas, de preferência nas concessionárias da marca.
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As revendedoras dão preferência a carros bem cuidados, porque os compradores buscam veículos com aspecto de novos. Além disso, existem condições que podem trazer maior impacto ao valor de revenda, como por exemplo, a quilometragem.
15 situações que desvalorizam seu carro na hora de vender
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Estética
Os compradores costumam avaliar peças repintadas, riscos e manchas. O estofamento também é examinado, para se verificar se não há rasgos ou manchas. Carros de fumantes que tem cheiro costumam desagradar quem não fuma. Qualquer sinal de desgaste aparente pode pesar na oferta que é feita pelo carro. As concessionárias e os particulares costumam solicitar a ajuda de um especialista para examinar detalhes na funilaria, nos para-lamas, colunas, faróis, lanternas. Se houver uma camada de tinta, significa que o carro foi pintado, o que desvaloriza bastante. Muitas vezes é melhor deixar pequenos riscos, porque pintura para esconder é perceptível e vai dar a impressão de que o dano foi muito maior. Marcas de chuva de granizo também têm efeito na desvalorização.
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Mecânica
O carro é examinado pelo estado dos discos do freio, pastilhas, suspensão, amortecedores e óleo do motor. Também entra na avaliação o estado dos pneus. Outros itens que são avaliados são o funcionamento dos vidros elétricos, dos comandos do volante e do ar condicionado. Guarde todos os recibos e carimbos das revisões, para comprovar a manutenção na hora de vender, os compradores costumam verificar esse item e se tudo estiver documentado o seu carro vai ser até valorizado.
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Quilometragem
Um dos itens principais na avaliação de um carro é a quilometragem. Quanto mais quilômetros rodados menor o valor que será alcançado, mesmo que o carro esteja em bom estado.
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Veículos de locadoras
Carros de locadoras ou taxis perdem muito o valor, porque sua utilização pode ter sido intensiva. Carros oriundos de leilões também tem dificuldade para revenda.
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Placas de outras cidades
A placa tem influência na desvalorização do valor, principalmente se o carro for de cidade do litoral, porque se acredita que sofreram danos com a maresia. Em cidades que adotam o sistema de rodízio, o número final da placa também conta na hora da venda, porque muitas famílias buscam um segundo carro para fugir das multas do rodízio.
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Carros mais caros
Carros mais populares têm maior aceitação no mercado de usados. Os modelos mais caros se desvalorizam mais, em torno de 10% a mais do que um carro do segmento médio, que por sua vez desvalorizam 55 a mais do que um popular.
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Marcas de menor aceitação
No mercado de automóveis brasileiro, as marcas mais conhecidas têm maior aceitação, como Volkswagen, Fiat, Ford e GM. As marcas francesas, como a Citröen ou Renault têm uma depreciação bem maior. No caso das japonesas, como a Toyota e a Honda, a desvalorização é menor. A diferença na desvalorização chega a ser de 15% a 20% a mais do que as marcas mais aceitas.
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Blindados
Os carros blindados tem desvalorização maior, porque se deterioram mais rápido do que os carros comuns. Os vidros, por exemplo, costumam formar bolhas entre as camadas de proteção.
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Pressa
Se o proprietário tem pressa em vender um carro, pode acabar aceitando um preço menor do que o seu valor de mercado. É melhor ter calma e esperar uma boa oportunidade.
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Cor
As cores de maior aceitação no Brasil são prata e preto, com menor preferência para o vermelho e o branco. A cores amarela ou verde são as que têm mais dificuldade na hora da revenda. Cores escuras, como marinho ou marrom saem do perfil comum e têm um público específico. O consumidor brasileiro sempre pensa na possibilidade de revender o carro e evita cores de difícil aceitação no futuro. Se você pintou de rosa, dificilmente vai conseguir vender seu carro.
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Modelos sem acessórios
Os modelos que não tem acessórios, como ar condicionado, trava e vidro elétricos, direção hidráulica e até mesmo câmbio automático, estão enfrentando maior desvalorização e com mais tempo de espera para encontrar um comprador.
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Manutenção cara
O custo de manutenção de alguns carros costuma afugentar os consumidores. Os modelos mais resistentes às vezes têm peças de reposição caras e na hora que quebram, o prejuízo é muito maior. Nesse caso, conta muito a fama de que a concessionária cobra caro pelas peças.
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Trauma com marcas e modelos anteriores
Se o comprador teve problemas e dor de cabeça com uma marca ou modelo que já possuiu, essa impressão é a que fica e funciona como um grande fator de depreciação. O fato do carro quebrar com facilidade ou das peças serem de difícil reposição costuma acabar com o valor de um bom automóvel, que de outra forma valeria mais. Outros fatores são experiências negativas com o mau atendimento das concessionárias de uma determinada marca, problemas com a assistência técnica que não foi eficiente, e ouvir um amigo falar que uma marca é péssima.
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Marcas estrangeiras que não têm histórico no Brasil
Existem marcas com um excelente histórico no seu país de origem, mas que no Brasil são desconhecidas e não conseguem a confiança do público. Um antecedente já aconteceu com a marca Lada, montadora russa, que saiu do país, deixando os consumidores sem peças de manutenção, o que virou um pesadelo para seus donos, que não conseguiram revender os carros. Esse antecedente ou preconceito tem uma grande influência ainda no mercado, com relação a marcas estrangeiras.
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Seguro caro
O seguro no Brasil vem se tornando um item cada vez mais obrigatório, devido aos altos índices de furtos e roubos. O preço do seguro está cada vez mais alto para os veículos mais visados por ladrões. Para alguns modelos, o valor do seguro começa a pesar na depreciação. Entretanto, além do modelo, ano e marca o seguro é calculado de acordo com a idade e o local de residência do proprietário, o que também pode encarecer o seguro.
Conclusão
É inevitável, por mais que você cuide bem do seu automóvel e ele esteja em perfeitas condições, quando você pensa em trocar de carro e procura uma concessionária vão oferecer um valor que você vai achar pouco e que obriga ao pagamento de uma diferença para um modelo novo, às vezes maior do que você tem condições de pagar. É aqui que entra a necessidade de financiamento, que todos estão evitando fazer. Concessionárias e revendedores sempre vão desvalorizar o seu carro abaixo das suas expectativas. Essa tática permite que eles reformem alguns itens no carro antes de colocar na revenda. Por esse motivo, é preciso pesquisar em várias lojas, porque pode aparecer uma oportunidade melhor. Até mesmo a venda para um particular de confiança pode ser mais vantajosa, com um preço melhor.
2 Comentários
Pelo fato do veículo ser de placa vermelha, havendo sinistro, ocorre uma depreciação de 39% no pagamento??
Olá, Paulo!
Veículos cuja utilização pode ter sido intensiva perdem muito o valor.
Lembramos que os valores utilizados no texto foram atualizados em 2020, mas você pode consultar a tabela Fipe atual através do link no artigo.
Atenciosamente,
Equipe Seguro Auto