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Carro próprio ou transporte público, quem se sai melhor no caos urbano?

As greves que paralisam os ônibus urbanos fazem com que o povo continue a acreditar que não é possível confiar no transporte público.

Nas últimas semanas temos assistido a situações no transporte urbano que demonstram porque ter um carro próprio no Brasil nunca deixou de ser uma necessidade.

Durante os dias 20 e 21 de maio, os rodoviários em greve da cidade de São Paulo estacionaram os ônibus nas faixas exclusivas, levaram as chaves e esvaziaram os pneus dos ônibus, bloqueando o trânsito nos cruzamentos e fechando os terminais rodoviários urbanos.

Essa nova forma de paralisação, que impedia de trabalhar àqueles que não aderiram à greve, foi diferente de outras ocasiões, quando os ônibus ficavam parados dentro dos estacionamentos e travou a cidade.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, classificou a operação de motoristas e cobradores de guerrilha. A imprensa internacional noticiou o fato com destaque, como mais uma manifestação violenta que ocorre no Brasil às vésperas da Copa do mundo.

Carro próprio ou transporte público, quem se sai melhor no caos urbano?

Imagem: Getty

A reivindicação dos rodoviários era de 15% de reajuste salarial e aumento no vale refeição. As empresas ofereceram 10% e fechou um acordo com o sindicato na terça feira. No entanto, uma grande parte não aceitou e resolveu revidar em um ato que prejudicou toda a população, diretamente ou indiretamente.

Depois de 48 horas de caos, os motoristas de ônibus de São Paulo encerram a greve após 48 horas de caos, mas ainda ameaçam parar caso as empresas não aceitem renegociar o reajuste salarial. Os trabalhadores e o Ministério do Trabalho decidiram que o prefeito da cidade deverá interceder junto as empresas para atender às reivindicações.

Nestes dois dias de caos, a prefeitura suspendeu o rodízio de veículos. O transporte individual de quem tem um carro ou os taxis, para os que podem pagar, permitiram que esses conseguissem trabalhar e voltar para casa. Entretanto, para a grande maioria dos que contam apenas com o transporte público, o trabalho foi prejudicado e muitos chegaram a passar a noite em estações e terminais, sem conseguir voltar para casa.

O que se viu foi que o interesse de uma categoria profissional foi colocado acima do interesse da população, que ficou refém das exigências de um grupo dissidente do sindicato da categoria.

Mesmo quem decidiu usar apenas o metrô enfrentou estações superlotadas e em todas as linhas o que se viu foi desespero, o que também aconteceu com os trens da CPTM. A mobilidade na capital de São Paulo se tornou praticamente impossível.

Infelizmente o transporte público ainda está longe de ser a melhor opção nas cidades brasileiras. O caos na mobilidade urbana só leva o cidadão a acreditar que usar o próprio automóvel e se arriscar a enfrentar congestionamentos ainda é a melhor alternativa.

Por esse motivo, o número de veículos no trânsito das cidades não para de crescer.

Muitos que se sentiram prejudicados colocaram em um mural na internet as suas histórias e suas queixas.

São situações dramáticas, em que as pessoas se sentem totalmente desrespeitadas e que podem ser resumidas em algumas linhas:

  •  trabalhadores perderam dias de serviço;
  • o caos no trânsito levou a acidentes e engavetamento de veículos;
  •  doentes que estavam com perícia médica marcada no INSS perderam o horário e não conseguiram renovar o afastamento por doença;
  •  pacientes que precisavam retirar documentação no Hospital das Clínicas não conseguiram comparecer;
  • estudantes perderam as aulas e provas;
  • quem conseguiu ir trabalhar chegou três e até quatro horas atrasado e não foi compreendido pela empresa;
  • quem foi à pé atravessou locais perigosos e andou muitos quilômetros;
  • diaristas perderam o dia de trabalho e a remuneração.

O caos no transporte público só mostrou mais uma face cruel da crise de mobilidade nas cidades brasileiras e principalmente na metrópole que é São Paulo, aguardando alternativas e soluções que atendam os seus moradores.

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Mestre e Doutora em Sociologia pela UNESP, pesquisadora na área de Ecologia Humana e Antropologia, Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, foi professora em cursos superiores de Sociologia e Direito, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

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