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Preço dos combustíveis pesa no orçamento do brasileiro

De 3 de julho a 28 de dezembro de 2017, gasolina teve 115 reajustes. O preço da gasolina é uma contradição em um ambiente de inflação baixa e subiu 25% em apenas seis meses.

A diferença de preço entre os estados do Brasil é notável. Enquanto que a média praticada no país é de R$4,15, em muitos postos do Rio de Janeiro e São Paulo ela já é vendida a R$ 5,00. No Acre, Rio de Janeiro e Goiás o preço é o mais elevado e no Maranhão é mais barata.

Os consumidores sentem que é hora de economizar, porque o orçamento das famílias vem sendo afetado. Esses reajustes são consequência de uma nova política de preços da Petrobras, que adotou uma linha mais flexível. Agora eles acompanham a variação do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional, que vem crescendo mais do que o esperado.

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O preço internacional da gasolina do mercado de combustíveis é repassado para o país, sendo determinado internacionalmente. Alguns economistas alegam que essa prática é considerada natural para a sociedade brasileira, no que se refere ao preço de commodities agrícolas. Essa afirmação parece ser bastante questionável, já que o consumidor interno de outros países exportadores de petróleo, como é o caso dos Estados Unidos, paga um preço pela gasolina bem inferior ao que é praticado no mercado externo. Além do que o público brasileiro enfrenta uma crise econômica, com salários congelados e desemprego, sem o poder de compra dos consumidores de países do primeiro mundo.

Preço dos combustíveis pesa no orçamento do brasileiro

Imagem: Getty

Estados Unidos – preços da gasolina

– de 9 de outubro de 2017 a 15 de janeiro de 2018

– Preço médio nesse período – U$ 0.73 = R$ 2,34

– Valor mínimo – U$ 0.72 = R$2,31

– Valor máximo – U$ 0.75 = R$ 2,41

– Preço médio mundial da gasolina, nesse período, U$1.49 = R$4,78.

*Fonte: Global Petrol Prices

O preço médio internacional da gasolina é de 1.14 (U.S. Dollar) por litro, mas existem diferenças entre os países. Verifica-se que os países mais ricos têm preço mais alto e os mais pobres ou países produtores e exportadores de petróleo têm preços mais baixos, o que seria o caso do Brasil.

Nos Estados Unidos os preços são baixos, o que constitui uma exceção, pois se trata de um país economicamente desenvolvido. Segundo analistas, as diferenças de preços se devem a subsídios e impostos, que determinam o preço da gasolina vendido no varejo.

O peso dos impostos

Existem também impostos no Brasil que contribuíram para o preço mais caro da gasolina. É o peso da alíquota de PIS e Cofins, que mais do que dobraram. É verdade que existem diferenças de preço entre postos de gasolina e o consumidor precisa pesquisar antes de comprar. Mas seria ingenuidade acreditar que basta que o consumidor pesquise, rodando de posto em posto, para resolver o problema.

Talvez algumas vantagens possam ser encontradas eventualmente quando existem ofertas, que beneficiam principalmente o consumidor que vai pagar com cartão de crédito à vista ou a dinheiro. Nesse caso, o valor cai em torno de 13 centavos, uma diferença que somente é importante para quem percorre grandes distâncias. Para os demais, a alternativa cada vez mais adotada é deixar o carro em casa.

Novos aumentos no início de 2018

Na última semana de 2017, a Petrobras anunciou um novo aumento para o diesel, de 1,1% e para a gasolina, de 1,7%. De acordo com o novo modelo de correção de preços, adotada em junho de 2017, a Petrobras quer acompanhar o mercado internacional e fazer concorrência aos importadores. Só que gasolina barata é mais competitiva, essa é a regra do mercado. Os reajustes, na política adotada, podem acontecer diariamente. As flutuações do câmbio, da moeda brasileira, também pesam na revisão dos preços.

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Aumentos acumulados

Em 2017, o aumento acumulado da gasolina, para distribuidoras, foi de 30%. O diesel acumulou 28%.Entretanto, o que é trágico para as famílias, o gás de cozinha residencial teve um aumento de 67,9% desde junho e 57,3% desde julho. O gás industrial teve um aumento acumulado de 36,4%. Aumentos e reduções foram quase que diários nesse período e esses percentuais foram calculados pela fundação de Economia e Estatística (FEE). A elevação que a distribuidora recebe não é totalmente repassada à venda nos postos, então os aumentos ao consumidor variam segundo o local.

O preço dos combustíveis gera revolta

Principalmente nos últimos meses do ano, os sucessivos aumentos da gasolina, do etanol, do diesel e do gás de cozinha, passaram a pesar extraordinariamente no bolso do consumidor, causando descontentamento e revolta. Em Goiânia, o Procon constatou que 156 postos cobravam preços abusivos e conseguiu, através de recurso judicial, que reduzissem a margem de lucro.

Diante da constatação de preços abusivos, os consumidores da Cooperativa de Motoristas Particulares do Estado de Goiás (Coompago) bloquearam três distribuidoras em Goiania, a Petroball, a Alcoolbras e Distribuidora Petrobras. O presidente da entidade explicou que essa foi uma forma de pressionar o governo para reduzir o imposto do ICMS sobre os combustíveis. O valor abusivo precisa ser reduzido e é preciso retomar o incentivo ao álcool, desejam os consumidores. A gasolina e o álcool são itens indispensáveis e se o seu valor for muito alto haverá revolta dos consumidores, argumenta o representante da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Goiânia.

Aumento em 2018

Já no dia 2 de janeiro de 2018, a Petrobrás informou um novo aumento nos preços do diesel, de 0,8%, pela nona vez consecutiva desde o dia 20 de dezembro.

Por outro lado, o preço da gasolina deverá baixar 0,1%, depois de ter sido elevado duas vezes. Esses reajustes foram justificados como a tentativa de obter rentabilidade, seguindo as regras do mercado internacional, com aumentos quase que diários. Isso em absoluto não protege o consumidor brasileiro.

A Petrobrás tomar uma medida que, segundo ela, deverá amenizar os sucessivos aumentos do gás de cozinha para o consumidor. Os reajustes, a partir de janeiro de 2018, deverão ser trimestrais, ao invés de mensais. O gás ficara 5% mais barato na refinaria, com o preço de R$ 23,16 o botijão de 13 quilos.

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