Quem busca proteção para o veículo deve ficar atento na hora de contratar o seguro. Isso porque, existe no mercado outro produto, com funções semelhantes, mas características diferentes. É a proteção veicular, que pode ser vantajosa, mas merece cuidado. Acompanhe o texto e saiba porquê!
Talvez você já tenha ouvido reclamações sobre a proteção veicular.
Muitos consumidores contratam a opção após confundi-la com o seguro, e se decepcionam após um sinistro.
O seguroauto.org deseja que você adquira o melhor seguro para o seu carro. Veja como!
Afinal, a cobertura da proteção têm regras bastante diferentes.
Apesar de oferecer proteção para o carro em casos de acidentes e roubos, a proteção veicular tem o funcionamento bastante diferente do seguro.
Enquanto o seguro auto é comercializado por corretoras que são credenciadas a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), a proteção veicular é ofertada por cooperativas.
Por isso, ela não funciona de modo tão rigoroso em relação à legislação.
Além disso, suas coberturas são mais limitadas.
Existem ainda muitas outras diferenças entre esses dois produtos.
Confira algumas delas a seguir.
Quais as diferenças entre o seguro auto e proteção veicular?
Adesão
- Seguro auto: para aderir a um seguro auto, é preciso solicitar uma cotação com a seguradora desejada. Na maior parte das vezes, é indicado fazer cotações com várias seguradoras, para a comparação de preço. Também costuma ser preciso que o veículo passe por uma inspeção antes da aceitação do carro pela seguradora.
O processo é um pouco burocrático e pode levar alguns dias.
Além disso, a apólice só começa a vigorar após o pagamento da primeira parcela.
- Proteção veicular: apesar de também exigir uma inspeção e pagamento da taxa, logo que o contrato é assinado, a proteção já começa a vigorar.
Apólice
- Seguro auto: um seguro sempre conta com uma apólice. No documento, ficam descritas todas as responsabilidades e deveres do segurado e seguradora, os valores de indenização, franquia e coberturas oferecidas. Todos os riscos são transferidos para quem oferta o seguro e, a seguradora assume a responsabilidade de arcar com os prejuízos de sinistros.
- Proteção veicular: esse tipo de acordo não possui apólice. Na proteção veicular, é estabelecido um contrato, onde todos os associados da cooperativa têm uma responsabilidade mútua sobre o veículo. Dessa forma, todos os riscos são divididos entre os envolvidos. Ou seja: após um sinistro, os custos com o reparo do veículo serão pagos por todos os associados do “plano” de proteção.
Custo mensal
- Seguro auto: depois de analisar o perfil do motorista, modelo do veículo e diversos outros fatores, o prêmio (valor do seguro) é determinado pela seguradora. Esse valor pode ser pago em uma cota única ou parcelado com valores fixos mensais.
Vamos a um exemplo, para a comparação com os custos da proteção veicular, que explicaremos a seguir.
Para a cotação de um seguro, consideramos um Onix 2015, e parcelamos o valor do serviço em 12 vezes, arredondando as parcelas.
Tokio Marine Seguradora – R$ 135,00 mensais;
Simule o preço do seu seguro auto em nosso formulário.
Liberty Seguros – R$ 188,00 mensais;
HDI Seguros – R$ 396,00 mensais.
- Proteção veicular: o preço cobrado na proteção veicular também é mensal. Porém, a composição das parcelas é bastante diferente. O valor cobrado corresponde à taxa de administração do plano, além do rateio dos valores pagos no mês anterior para o pagamento de sinistros.
Ou seja, o usuário paga uma taxa fixa por mês, mais o valor que precisar desembolsar naquele mês para o pagamento de um sinistro no carro de algum dos associados.
Os valores desse sinistro são divididos entre todos os participantes do plano de proteção.
A proteção veicular pode ser encontrada por valores a partir de R$ 85,90 mensais.
No entanto, isso varia de acordo com as coberturas oferecidas e a empresa.
Confira alguns dos valores mínimos cobrados pela proteção veicular:
Unibras Mais – a partir de R$ 85,90 mensais;
Auto Visa Rio – a partir de R$ 99,00 mensais;
Infinity Proteção Veicular – a partir de R$ 118,00.
Regulamentação
- Seguro auto: seguros são regulamentados pela SUSEP e precisam seguir a legislação vigente. Esse tipo de serviço também está sob supervisão do Ministério da Fazenda e passa por fiscalização constantemente.
- Proteção veicular: por se tratar de um serviço oferecido por cooperativa, a proteção veicular não precisa seguir nenhuma legislação específica. Portanto, fica a cargo dos associados determinarem as regras. Não são incomuns os casos de reclamações sobre o assunto, já que, muitas vezes, a cooperativa não cobre o sinistro, e não resta nada ao usuário a não ser recorrer à Justiça.
Coberturas
- Seguro auto: as coberturas comercializadas são, basicamente, as mesmas na maioria das seguradoras. Elas incluem roubo, furto, colisões, incêndios e danos a terceiros. Além dessas, podem ser oferecidas outras coberturas adicionais, como para a proteção dos acessórios do carro (som automotivo, kit gás etc.), dos vidros do veículo, assistência 24 horas e outros.
- Proteção veicular: possui as mesmas coberturas básicas oferecidas pelo seguro auto mas, no geral, não conta com as adicionais.
Coloque a falta de adicionais na ponta do lápis
As proteções veiculares não possuem as coberturas adicionais que podem ser adquiridas pelos seguros.
E esses adicionais podem ajudar bastante.
Um dos mais tradicionais é a assistência 24 horas e o serviço de guincho, por exemplo.
Com eles, se o veículo pára de funcionar no meio do trajeto, independente do horário, o motorista pode acionar o seguro para ter socorro.
Esses adicionais também precisam ser levados em conta, pois quanto o motorista sem seguro gastaria em uma situação como essa?
Além disso, em muitos casos é possível contratar a disponibilidade de um carro reserva, para utilizar nos dias em que o veículo está sendo consertado.
Ou então, o cliente adquire um certo valor de créditos para utilizar em um determinado período, em aplicativos de transporte.
Assim, o motorista não fica na mão, ou pelo menos, reduz o impacto de não ter seu carro disponível.
Com todas essas coberturas, a análise fica mais precisa, no entanto, leva a seguinte questão, as proteções veiculares deixam de ser tão vantajosas quanto aparentam no valor.
Franquia
- Seguro auto: o seguro de carro conta com algo chamado de franquia. A franquia precisa ser paga pelo consumidor em caso de perda parcial. Ou seja, quando o conserto do carro terá custo menor do que 75% do seu valor de mercado.
Imagine que o seu carro sofra uma colisão, e seu seguro tem franquia de R$ 1 mil.
Os reparos do veículo ficarão em R$ 3 mil.
Isso significa que você pagará R$ 1 mil à oficina, e a seguradora irá pagar os R$ 2 mil restantes.
A franquia normalmente tem preço fixo, indicado em contrato.
O valor não é cobrado em danos a terceiros.
- Proteção veicular: com a proteção, os valores totais para conserto do sinistro são pagos por todos os usuários. Por isso, não há um custo fixo. Ele é calculado conforme o sinistro ocorrido e o número de participantes da associação. Além disso, a franquia é cobrada em danos a terceiros.
Qual proteção escolher para o carro?
Depois de conhecer as diferenças entre o seguro de carro e a proteção veicular, é preciso ter uma pouco de atenção na hora de contar com proteção para o seu veículo.
As vantagens em se optar pela proteção veicular incluem a facilidade em contratá-la e, algumas vezes, no seu preço menor.
Fora esses, porém, não existem muitos outros benefícios na opção.
Afinal de contas, a modalidade não conta com regulamentação específica, nem com órgão regulador.
Devido a essa “frouxidão” nas regras, não são incomuns casos em que os consumidores não obtém a assistência acordada, ou que, ao menos, eles acreditavam a que tinha direito.
O resultado é o prejuízo após o sinistro, além de dores de cabeça e até processos judiciais, caso o usuário deseje recorrer da decisão da cooperativa.
Com essas informações sobre o que é, realmente, a proteção veicular, você poderá fazer uma escolha com mais informações, sem ter surpresas inesperadas no caso de contratar uma proteção veicular.
Compartilhe esse texto com seus conhecidos para que eles também conheçam melhor como realmente funciona a proteção veicular.
Pesquise a empresa antes de contratar uma proteção veicular
Como as proteções veiculares não são fiscalizadas pela SUSEP é importante que o cliente fique atento quanto a veracidade da empresa.
Se o cliente optar por correr o risco de contratar uma proteção veicular, o ideal é que pelo menos faça isso da maneira mais segura possível.
Dessa forma, o ideal é não ir adquirindo qualquer empresa que prometa o serviço.
O recomendado é que o cliente pesquise entre seus conhecidos ou na internet sobre a empresa.
Se ela não deixa o cliente desamparado no momento do sinistro ou se ela presta um bom atendimento.
Além disso, o cliente precisa ficar ciente até mesmo para entrar com reclamações contra as proteções veiculares, já que elas não possuem essa regulamentação.
Nesses casos, o órgão que o cliente pode procurar é o Procon.
Porém, o próprio Procon não recomenda a associação nessas empresas, já que em muitos casos elas atuam na ilegalidade.
Além disso, o cliente também deve se informar sobre quem são os fundadores e os administradores da proteção veicular, para saber se eles não são pessoas que ficam abrindo e fechando várias empresas.
Pesquise sobre a seguradora
Apesar das seguradoras serem uma opção mais garantida e segura de contratar um seguro auto, elas também requerem atenção.
Isso se deve ao fato de que algumas empresas se passam por seguradoras no seguro, mas na verdade não possuem registro na SUSEP.
Nesse caso, elas não são proteções veiculares, mas sim, seguradoras ilegais, que atuam de forma irregular.
Por isso, o cliente precisa pesquisar a situação de todas as empresas que ele cogitar escolher o seguro.
Além disso, ele também precisa saber como ela atende aos seus clientes, e se a maioria estão satisfeitos, como é sua reputação e se ela presta um bom serviço.
Quanto mais o cliente pesquisar e fizer cotações em diferentes empresas, mais fácil de fazer um bom negócio.
Assim, o cliente aumenta a chances de contratar uma boa empresa, que prestará todo o auxílio que ele precisar no momento de um sinistro.
Os riscos de contratar uma proteção veicular
Quem contrata uma proteção veicular precisa saber de todos os riscos envolvidos.
Isso porque, é muito comum, por exemplo, que em casos de vários sinistros ao mesmo tempo, essas associações não tenham como arcar com todos os custos.
Além disso, essas empresas não possuem a obrigatoriedade de utilizar peças originais, como acontecem com os seguros.
Assim, para ter um conserto mais barato, é bem provável que o carro seja levado em uma oficina que não trabalha com peças de boa qualidade.
Essa atitude pode agravar ainda mais a situação do veículo, fazendo o prejuízo ser ainda maior.
É o legítimo caso de que o barato sai caro.
O prazo para o pagamento das indenizações também não é definido.
Enquanto as seguradoras possuem um prazo de 30 dias após a entrega da documentação, as associações de proteção veicular, por não seguirem as regras da SUSEP, não possuem esse prazo limite, e podem levar o tempo que quiserem.
A falta dessa regulamentação pode deixar o cliente com um prejuízo ainda maior, sem poder utilizar o carro.
Ou ele espera o tempo necessário, ou arca com os custos do próprio bolso.
Assim, vale a pena procurar por uma seguradora e realizar sua cotação de um seguro.
Por possuir regulamentação nacional, a opção tem chances bem menores de trazer problemas.
Além disso, você pode contar com um bom corretor de seguros.
O especialista pode te auxiliar na escolha da melhor cobertura.
Ele também servirá como um intermediário entre você e a seguradora em caso de sinistro.
Agora que você já conhece tudo o que precisa sobre a proteção de veículo e o seguro de carro, avalie a melhor opção ao seu automóvel!
Mas lembre-se: a pesquisa é fundamental na hora de encontrar o melhor preço e coberturas para o carro.
*Este texto é de conteúdo editorial e não garante a comercialização deste produto nesse site.
*Seguroauto.org não se responsabiliza pelos valores aqui mencionados, visto que o preço do seguro pode variar conforme o perfil de cada motorista.
13 Comentários
Olá, amigos! Trabalho no mercado de seguros a 20 anos e tenho mais 10 juntos as assistência técnica, gostei do artigo é uma boa defesa do mercado seguro, mais acredito que o enfoque na associação deixou vocês perdido, as seguradoras nunca foram tão parceiras assim como vocês a de gente hoje mesmo tem 40 empresa do ramo em falência ou em processo. E já vi muitos perder seus direitos uma vez que a justiça é lenta.
Mais gostei sempre é bom pesquisar mesmo para escolher as menos ruins no mercado capitalistas os lobos está sempre de ovelhas. As associação também tem lobos por aí, mais também tem gente boa trabalho de forma honesta. Para mim a melhor forma é ter algum plano vai que. Melhor ter.
Olá, Marcelo!
Obrigada por comentar no SeguroAuto e contribuir com a sua experiência!
Atenciosamente!
No meu caso eu sou obrigado a contratar a Proteção Veicular, porque as seguradoras não fazem mais o seguro total do modelo do meu carro. No máximo que fazem é Incêndio e Roubo.
Olá, Paulo!
Obrigada por comentar no SeguroAuto!
Atenciosamente!
Bom dia, não estou conseguindo fazer uma cotação podem me ajudar?
Obrigada
Bom dia Cleide,
Obrigada por comentar no SeguroAuto,
Qual problema você está enfrentando?
Para fazer uma cotação ou renovação de seguro, preencha o formulário em nossa página clicando no link https://seguroauto.org/cote/ para que um corretor parceiro entre em contato com você.
Atenciosamente.
Boa tarde,
Como credencio minha oficina de pintura em sua empresa?
Att,
Juliana Carla
Olá, Juliana! Sua oficina é que cidade?
Olá, Marcelo!
Obrigada por comentar no SeguroAuto!
Atenciosamente!
Boa tarde,
Ana Célia, em seu comentário questiona sobre a reserva técnica, é que esta serve para cobrir ocorrências mesmo que venha a aumentar o numero de sinistros de uma hora para outra, não deixando o segurado sem sua indenização, e lembrando que o valor pago em seu seguro nem sempre é usado pelo próprio segurado e sim por aquele que teve sinistro em seu veiculo. Como mencionou bem 5% da frota costuma ter sinistro, e o preço do seguro esta sempre por volta de 5% do valor do veiculo. Não tem como fechar a conta se você pagar e receber de volta o que pagou, de onde viria o dinheiro para pagar os sinistros?
Até,
Oi,
Então por serem regulamentadas pela SUSEP, são obrigadas a manter uma “reserva técnica”, este dinheiro cobrado “a mais” pelo período, ou melhor a cada período de 1 ano do seguro, e não houve sinistro, ou seja apenas 5% dos contratos são sinistrados, para onde vai este valor cobrado a mais do segurado? O que acontece com os valores que são pagos ano a ano e nunca foram usados? Se é uma “reserva” não devia ser ressarcida? O lucro das seguradoras são exorbitantes, fora o imposto em cima da desgraça alheia, além do que, tem os chamados “perfil” que excluem das seguradoras uma grande parcela da frota de veículos brasileiro.
Att.
Oi,
Na minha opinião, faltou a informação que as seguradoras, por serem regulamentadas pela SUSEP, são obrigadas a manter uma ‘reserva técnica”, que na verdade, é dinheiro que garanta o pagamento dos sinistros dos seu clientes, o que não ocorre na proteção veicular.
Att
Boa tarde Carlos,
Obrigada por comentar no seguroauto.org,
Caso você tenha interesse em fazer uma cotação de seguro, entre em nosso site e preencha o formulário para que um de nossos corretores entre em contato com você.
Abraço