Você já pensou como o combate de fraudes nos seguros é algo importante para melhorar o mercado e oferecer serviços mais baratos e confiáveis? Entenda mais sobre o assunto.
Sempre falo de diversos assuntos relacionados a seguros, como eles funcionam, os benefícios para os seguradoras, porém, os desafios no combate de fraudes nos seguros é um assunto bem sério.
Se por um lado existem as pessoas que querem ter esse serviço como uma proteção, outros querem obter vantagens.
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O assunto é preocupante porque traz prejuízos ao setor.
Somente em 2013, as fraudes totalizaram R$ 350 milhões segundo a CNseg.
Em 2016, esse número já havia saltado para R$ 520,2 milhões e, em 2017, para R$ 730 milhões, o que deixa claro o crescimento desse tipo de ação.
Se olharmos apenas o seguro auto, não é muito diferente o que acontece no setor. Mas, antes de eu começar a falar de quais são os tipos de fraudes, primeiro acho interessante que você possa entender quais são os tipos de fraudes.
Essa não é uma classificação minha, mas, usada pelo setor. Existem as oportunistas, são aquelas pessoas comuns que acabam comentando pequenas fraudes como preencher uma informação incorreta no formulário do seguro ou tentar agravar o sinistro.
Há a fraude premeditada, ela é cometida por quadrilhas especializadas. Esse grupo estuda os seguros e tenta se beneficiar de alguma forma, normalmente as fraudes causam grandes prejuízos.
As fraudes internas incluem funcionários das seguradoras, corretores e outros que deveriam defender os direitos do segurado e da empresa. E as externas são praticados por terceiros, por exemplo, as oficinas mecânicas.
O perfil dos golpistas também é conhecido, cerca de 79% são homens. Dos fraudadores entre homens e mulheres cerca de 68% têm entre 36 e 55 anos e 66% cometem a irregularidade para se beneficiar de ganhos financeiros.
Todos esses fazem com que os desafios no combate de fraudes nos seguros se torne cada vez maior e por isso se recorre a tecnologia.
Como combater as fraudes nos seguros
Não posso dizer que existe uma regra para combater as fraudes nos seguro, isso porque depende muito da infração que está sendo cometida e da especialização de quem faz.
Conforme o tipo de fraude será adotada uma medida, mas se tem um dado positivo, no setor de seguro auto o percentual de fraudes caiu de 2016 para 2017 passando de 1,58% para 1,56% apesar de não parecer muita coisa, isso pode refletir em milhões de reais.
Existem os casos em que ocorre a falsificação de documentos, como uma carteira de habilitação vencida modificada para se passar por uma validade, boletim de ocorrência falso enviado à seguradora relatando o acidente entre outros.
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As seguradora não apenas analisam os documentos que os segurados enviam, mas, busca outra fonte para garantir que eles estão corretos.
Quando se trata de fraude, alguns indícios podem ser percebidos se praticados por pessoas sem experiência. Posso citar casos de falta de envio de documentação, relutância para fornecer informações, se recusar a assinar relatórios, contradições quando questionado, ter um amplo conhecimento do setor, nervosismo ao saber que será feita uma investigação e outros.
É claro que nem sempre esses sinais podem ser percebidos, por isso é que são adotadas outras medidas para evitar as fraudes nos seguros.
Uma começa com a conferência dos documentos e preenchimento do formulário, sendo que quando constatada alguma irregularidade pode ser feita a recusa temporal.
Outra medida adotada é a vistoria do veículo antes que ele seja segurado. Normalmente isso é feito somente na adesão e não na renovação do seguro, mas permite saber se as condições do veículo condizem com o que foi declarado e ajuda a constatar algum tipo de fraude.
No caso de um sinistro, a equipe que presta o atendimento deve estar muito bem treinada para detectar possíveis fraudes. Em uma conversa com o segurado, fazer alguns questionamento ajuda a identificar possíveis problemas, além de checagem da documentação de forma detalhada.
Se houver um acidente é feita uma investigação mais completa que busca encontrar a causa e o causador do problema e se eles conferem com os relatos iniciais. Além disso, se verifique se os danos são compatíveis com os fatos narrados ou se trata de uma tentativa de fraude no seguro.
Para isso, se necessário peritos são encaminhados até o local para analisar as condições do local, se havia sinalizações, vestígios deixados e até mesmo reportagens sobre o acidente que possam dar alguma pista.
A tecnologia tem sido uma grande aliada para evitar fraudes nos seguros. Hoje já é possível cruzar informações com o uso da inteligência artificial.
Existem diversos casos em que o segurado declara que o veículo foi roubado, porém, ao apurar o sinistro é detectado que o carro foi vendido com um preço bem abaixo do mercado e que foi declarado roubo. Muitas vezes os carros são vendidos para desmontes ilegais para que não deixem rastros.
Entretanto, a inteligência artificial é mais utilizada para analisar casos de sinistros, coletando informações dos mais variados locais como redes sociais e noticiário. O problema é que para a adesão do seguro são poucas as seguradoras que utilizam esse recursos.
Apesar disso, são adotadas estratégias para prevenir as fraudes como monitorar os casos e capacitar a equipe para identificá-los. Além disso, há um esforço conjunto das seguradoras e órgãos do setor com Comissões Técnicas Especializadas, criação de um Registro Nacional de Sinistros (RNS), Sistema Integrado Nacional de Identificação de Veículos em Movimento (SINIVEM) e Sistema de Quantificação de Fraudes (SQF).
Esses permitem que as seguradoras consigam obter e compartilhar informações valiosas.
As frades no seguro são uma realidade, mas acredito que com investimento em prevenção e uso de novas tecnologias possam ser combatidas com maior facilidade.
Conteúdo revisado por Walter Tadeu de Oliveira Filho, Corretor de Seguros – Registro SUSEP: 201103878
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