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Mobilidade urbana: deixe seu carro em casa e vá de metrô, ônibus ou bicicleta!

Os desafios da mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras fazem pensar sobre novos projetos de infraestrutura e transporte coletivo 

Hoje em dia, um tema que vem sendo muito discutido no Brasil é a mobilidade urbana. Ela é simplesmente a facilidade ou não de deslocamento que temos nas cidades. Em nossos deslocamentos diários usamos veículos, ruas e avenidas e infraestruturas para ir e voltar do trabalho, da escola, do cinema. Não só o transporte está envolvido, mas todo o conjunto de serviços por onde nos deslocamos na cidade.

Quanto mais uma cidade ou uma área da cidade cria serviços e meios de deslocamento adequados, mais ela se desenvolve. E, também, quando uma área se desenvolve, mais ela vai precisar de infraestrutura e serviços adequados, como escolas, hospitais e áreas de lazer. No meio disso tudo está o transporte e o trânsito.

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Atualmente, nas nossas cidades, o carro parece ser o mais importante. E ele se torna necessário porque as cidades crescem para bairros cada vez mais distantes, que obrigam os moradores a viajar por distâncias muito grandes para trabalhar, estudar e procurar atendimentos públicos, etc. Se o transporte coletivo melhora e atende esses bairros, o morador tem mais facilidade de deslocamento, senão, vai usar o carro cada vez mais, congestionando o trânsito. O transporte coletivo precisaria ser adequado, para que todos os moradores tivessem acesso aos locais onde precisam estar diariamente.

Mobilidade urbana: deixe seu carro em casa e vá de metrô, ônibus ou bicicleta!

Imagem: Getty

Oferta insuficiente de transporte urbano de qualidade

Mas o que vemos é que há uma oferta insuficiente de metrôs e trens de boa qualidade, os ônibus são cheios e há muito congestionamento. Há muitas vítimas da violência no trânsito, os pedestres sofrem com calçadas estreitas e muitas vezes inexistentes, com obstáculos no seu caminho, como carros estacionados e degraus.

E assim as cidades vão crescendo, provocando a destruição de áreas verdes, a poluição e o gasto de energia. Se houvesse o planejamento para o crescimento das cidades, o interesse dos cidadãos seria prioridade, com oferta de um bom transporte coletivo e não apenas a abertura de mais e mais avenidas para os carros. A mobilidade urbana precisa abrir espaço para os diferentes meios de transporte, como motos, ônibus, bicicletas, trens e mesmo o andar a pé.

O carro – esse privilegiado

Uma cidade que dá privilégio aos carros terá poucas praças e áreas verdes. No mundo todo, as cidades que privilegiaram os moradores são as que têm as mais belas praças e parques arborizados para serem usufruídos por toda a população. Isso porque o carro ocupa muito espaço na cidade, precisa de pistas largas, estacionamentos, pontes e túneis. E construir tudo isso não fica nada barato para o cidadão, que custeia as obras com seus impostos. Mesmo os que não têm carro estão pagando.

Já um ônibus ou metrô transportam um número grande de passageiros e não ocupam tanto espaço quanto o carro.

Quando optamos por comprar e usar um carro geralmente pensamos apenas no valor do veículo, em quanto vamos gastar com o combustível, manutenção, licenciamento e seguro. Esses são os problemas individuais que temos que resolver e equacionar.

Mas, na verdade, os custos do carro vão além das despesas que o seu proprietário tem, há as despesas que a sociedade precisa arcar com ele. Para que um carro trafegue pela cidade é preciso espaço. Ele precisa de faixas para circular, viadutos e espaço para estacionar. São custos de todos os moradores. Se observarmos quantos carros andam com apenas um passageiro será fácil imaginar o alto custo social para beneficiar poucas pessoas.

A eliminação de carbono na atmosfera, com a queima de combustível, também é alta, considerando apenas uma pessoa e então, quanto mais carros, mais poluição na cidade. De todos os pontos de vista que analisemos, o transporte urbano baseado no automóvel é caro. Com muitas pessoas usando carro a grande maioria tem dificuldades para se locomover em uma cidade. Os engarrafamentos provocam atrasos e estresse e gastamos muito tempo para chegar aos nossos destinos.

A pé ou de bicicleta?

Quando decidimos de ficar esperando os ônibus atrasados e lotados, talvez a nossa decisão seja ir à pé ao trabalho ou escola. Se morarmos longe dos pontos de transporte coletivo como ônibus e metrô, também podemos decidir andar a pé. Mas isso não é tão fácil, logo veremos que as distâncias entre os bairros e o centro das grandes cidades brasileiras estão ficando muito grandes e a distância a percorrer a pé é enorme, de dezenas de quilômetros. Além disso, as calçadas são ruins e mal conservadas e oferecem até risco para quem anda a pé. Para encontrar uma travessia de pedestres que cruze uma rodovia ou avenida, as distâncias são grandes.

Por outro lado, se decidirmos usar as bicicletas, são poucas as ciclovias, em algumas cidades brasileiras são inexistentes. O mais grave é que, onde as ciclovias existem, como em São Paulo, os acidentes e atropelamentos de ciclistas são constantes, com vítimas fatais, porque muitos motoristas não respeitam a bicicleta. Em São Paulo, em 2013 foram 35 mortes, entre 174,1 mil ciclistas. Em 2014, foram 47 mortes para 261 mil ciclistas. Apesar da proporção de mortes por número de ciclistas ter diminuído de 0,020% para 0,018%, os número absolutos são muito altos.

Muitos motoristas não compreendem que quem está pedalando é uma pessoa num deslocamento, tanto quanto quem está num carro. O ciclista, muitas vezes, é visto como um obstáculo que atrapalha o caminho de quem está dirigindo. A atitude dos motoristas chega a ser até hostil para com quem não está num automóvel.

Como exemplo, na cidade de Ponta Grossa – PR, em 2015, foram 249 ciclistas acidentados atendidos pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), com um total de 187 quedas, 88 acidentes envolvendo carros e bicicletas e 12 colisões entre motos e bicicletas, além de dois acidentes com bicicletas e caminhões.

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Os ciclistas estão sempre pedindo campanhas de comunicação que aumentem a tolerância e a convivência pacífica com motoristas. O que é preciso é que a bicicleta seja vista como um meio de transporte e educação para que o ciclista respeite o espaço do pedestre e o motorista respeite a vida do ciclista.

A área ocupada pelos meios de transporte

O transporte coletivo é o meio de transporte considerado o menos perigoso e com menor poluição. Um ônibus transporta sentadas 48  pessoas e ocupa pouco espaço urbano. 

Uma experiência de simulação comparativa foi realizada na Europa, em Münster, na Alemanha e repetida em São Paulo, em janeiro de 2016, para mostrar o quanto o ônibus, os carros e as bicicletas podem transportar de passageiros na cidade e ao mesmo tempo deixar espaço livre para a circulação de pedestres. 

A simulação considerou a média que um automóvel transporta hoje em São Paulo, que é de 1,2 pessoas por viagem. Para os ônibus foi considerada a média de 48 pessoas, apesar de um ônibus lotado transportar 70 em uma única viagem. O estudo simulou no espaço o número de 48 bicicletas. Entre todos os meios de locomoção escolhidos, o ônibus é o que menos ocupa espaço urbano, a bicicleta fica no meio termo e o que mais desperdiça espaço é o automóvel.

Os resultados mostraram como a cidade é ocupada pelos meios de transporte, para a locomoção de 48 pessoas:

– 40 carros – usando 840 metros quadrados

– 1 ônibus – usando 50 metros quadrados

– 48 bicicletas usando 92 metros quadrados

Portando, o transporte coletivo é a maneira mais adequada, considerando a qualidade de vida na cidade e a bicicleta é importante no planejamento urbano. O transporte coletivo deve ser pensado para todos os cidadãos, oferecendo um serviço de qualidade, para que venha a ser sempre uma alternativa de preferência da população.

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Conteúdo revisado por Walter Tadeu de Oliveira Filho, Corretor de Seguros – Registro SUSEP: 201103878

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